Junho 2018-2 | Revista O Meu Bebé

Junho 2018-2

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XDESENVOLVIMENTOX

Jogos para vencer os seus medos
As crianças podem ser ajudadas a conhecer melhor as suas emoções e a enfrentar as coisas que mais as assustam, através das histórias, dos risos e das representações.

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A ESCURIDÃO: DESENHE-A
O medo à escuridão é um receio (ou melhor, uma inquietação arcaica e uma sensação com a qual o ser humano vive desde o início dos tempos) comum a muitas crianças e que, apesar de tudo, pode manifestar-se de muitos modos.

Normalmente aparece por volta dos dois anos e meio e pode nascer da sensação de se encontrar num abismo do qual é impossível sair. Quando a criança é um pouco mais velha, assusta-se porque tende a povoar esta escuridão de criaturas terríveis e a imaginar personagens ameaçadoras que surgem das trevas do seu quarto.
Como se pode ajudar? A literatura infantil é rica em publicações, podem enfrentar juntos este tipo de medos. No entanto, existe outro modo de representar os medos: desenhando-os.
Pode pedir à criança que desenhe as coisas que mais a assustam na escuridão e depois queimar o papel (evidentemente com todas as medidas de segurança) para que todos os monstros representados sejam, literalmente, eliminados.

OS ESTRANHOS: OBSERVE-OS
• O medo aos estranhos aparece por volta dos oito ou nove meses, quando a criança começa a distinguir entre os rostos familiares e os rostos desconhecidos. Este é um momento-chave e necessário para o seu desenvolvimento; uma espécie de “ginástica social” que lhe permitirá reconhecer as pessoas em quem pode confiar e quais aquelas de quem se deve afastar. Como tal, a mãe e o pai devem ser extremamente cautelosos ao ajudar a criança a controlar este medo. Uma das formas de o fazer naturalmente é ensinando-a, através de gestos e palavras, que o desconhecido que transmite medo naquele momento, na verdade é uma pessoa querida. Pode propor uma aproximação a esse “desconhecido”, por exemplo pegar-lhe ao colo, mas sempre observando as reações da criança e sem imposições.

Outra coisa é o medo àquilo que é diferente. Por vezes as crianças assustam-se perante pessoas ou situações que apresentam diferenças em relação à “normalidade” (por exemplo, as pessoas disfarçadas). O truque é familiarizar a criança, desde pequenina, com os mundos da figuração, por exemplo através de histórias com ilustrações não convencionais, como os dos artistas africanos.

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A ÁGUA: DÊ UM MERGULHO COM O SEU FILHO
Para a criança, a água é um elemento muito particular; pode constituir uma recordação boa da sua vivência na barriga da mãe, ou, pelo contrário, chegar a ser uma experiência muito desagradável. Por exemplo, pode incomodá-la (não necessariamente assustar) lavar o cabelo durante o banho. Neste caso, as reações dos pais são extremamente importantes. Pode acalmar o seu filho usando livros de borracha ou plástico, próprios para o banho, e outros brinquedos para água, enquanto um dos pais o segura e o tranquiliza, o outro pode deitar a água lentamente na sua cabecinha.

O medo da água que surge nos cursos de natação é já muito diferente. Aqui, a solução é a de participar num destes cursos o mais cedo possível e procurar proteger e acalmar a criança com os dois braços quando se trata de um “banho em família”, na piscina ou no mar.

OS RUÍDOS: RIA-SE DELES
Outro elemento que pode destabilizar a criança quando surge no seu mundo (habitualmente, bastante silencioso) é o som repentino. Entre os ruídos incómodos estão aqueles que são fortes mas manejáveis (o secador, por exemplo, que para algumas crianças é inclusive relaxante), e os sons da natureza como os trovões. Neste último caso, se a criança se assusta, os pais devem abraçá-la, por exemplo, e falar: podem explicar-lhe o funcionamento de uma tempestade, a sucessão entre os relâmpagos e os trovões, e mesmo contar juntos quantos segundos passam entre um trovão e o seguinte. Também existe outro modo de ajudar a criança a superar este medo: rir. Rir-se juntos do estrondo, imitar o som como se nos ríssemos dele e incluir a criança neste riso. É preciso não esquecer, nunca, que para a criança há um ruído pior do que o som dos trovões: o tom forte das vozes quando os pais discutem, e este, sim, é algo a que a devemos poupar.

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OS ANIMAIS: IMITE-OS
Algumas crianças também se assustam com os animais, por exemplo, quando encontram um cão grande na rua e que pode parecer agressivo. Este é um dos medos que os pais mais devem trabalhar para ajudar os filhos a aproximarem-se gradualmente dos animais domésticos. Para isto, são muito úteis as histórias cujos protagonistas são animais. Outra estratégia que pode utilizar é o pôr-se no lugar do animal. Os pais podem pedir à criança que lhes explique o que faria se fosse um cão ou um gato.

No entanto, é preciso precaução: a criança deve acostumar-se a considerar o animal um grande amigo mas sabendo que se trata de um animal. Por exemplo, não deve ser ela a alimentá-lo, mas sim os pais, para evitar qualquer tipo de reação inesperada por parte do animal (é sabido que o momento de comer é delicado).

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XPERGUNTA SOBRE…X

Displasia da anca

Trata-se de um problema que afeta cerca de 2% dos bebés. É importante que seja corrigido durante os primeiros meses de vida, para que a criança possa dar os primeiros passos sem dificuldades.

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1 Em que consiste?
Trata-se de uma malformação congénita que o feto já apresenta durante as primeiras semanas posteriores à sua conceção. É produzida quando a cabeça do fémur (o osso da coxa) e o acetábulo (a cavidade da pélvis que recebe a cabeça do fémur) não encaixam de forma exata e rodam de modo incorreto. Nos casos mais leves, dá-se um esmagamento da cavidade e o fémur tende a deslocar-se. Nos casos mais graves, o fémur sai do seu lugar (luxação). O problema deve ser diagnosticado e tratado o mais rapidamente possível, para evitar lesões nos ossos, uma assimetria das extremidades inferiores ou artrose da anca quando adulto.

2 Como se diagnostica?
Até há pouco tempo, o screening da displasia era realizado através das manobras de Ortolani e Barlow: uma série de movimentos que fletem e separam delicadamente as coxas para verificar se a articulação produz sons anómalos, o que indicaria a probabilidade de uma displasia. Estas manobras podem indicar que algo não funciona corretamente mas não fornecem um resultado 100% fiável, como acontece com a ecografia: um exame inócuo e indolor, que permite detetar, inclusive, displasias que não necessitam de tratamento.

3 Quais as terapias utilizadas?
O objetivo é o de colocar a cabeça do fémur no acetábulo e mantê-la nessa posição para que o desenvolvimento do fémur e da pélvis seja correto. Quando a displasia é leve aplicam-se separadores flexíveis, que possibilitam os movimentos, ou aconselha-se a mãe a colocar o bebé de lado, sobre a anca, sempre que puder. No caso de displasia “média”, utilizam-se correias que não permitem juntar ou esticar as pernas. Se a displasia for grave, a zona entre a pélvis e a perna envolve-se com uma ligadura durante algumas semanas.

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O que posso comer?

Algumas mães não conseguem comer nada, mas outras sentem um imenso apetite. Vejamos o que dizem os últimos estudos relativos a este assunto.

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O QUE REVELAM OS ESTUDOS
Se tudo sucede dentro da normalidade e, especialmente se a mãe tem vontade, pode comer algo. Nos últimos anos, vários estudos apoiam a possibilidade de se alimentar livremente durante a dilatação. Em 2009 foi efetuada uma investigação, publicada na revista cientifica British Medical Journal, cujo estudo, realizado em mais de 2.400 mulheres, concluiu que o consumo de alimentos durante a dilatação de mulheres de baixo risco não influencia, quer positiva quer negativamente, o parto, a duração da dilatação, a ocorrência de vómitos ou os exames neonatais. Esta é a mesma conclusão a que chegou a revisão Cochrane de 2010. Segundo o reconhecido protocolo NICE (National Institute for Health and Care Excellence britânico), a mulher deve ser informada de que pode receber uma alimentação ligeira, sempre e quando não lhe tenham sido administrados opioides ou não desenvolva fatores de risco que tornem provável uma anestesia geral.

O QUE COMER E QUANDO
Os estudos não concluem que alimentar-se durante a dilatação “seja bom”, ou seja, que melhore o resultado do parto. No entanto, a metodologia clínica opina que é preferível não ficar com o estômago vazio. É importante que chegue ao momento do parto bem alimentada e descansada, de modo a que o organismo possa estar devidamente preparado para o enorme trabalho que o espera. Uma mãe com fome ou sono não se encontra nas condições de bem-estar necessárias para produzir todas as hormonas do “amor”; a oxitocina e as prostaglandinas, que desempenham o papel principal no início e no desenvolvimento do parto.

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REGRA DE OURO: NUNCA RENUNCIAR AOS LÍQUIDOS!
É importante permanecer bem hidratada durante o parto para que o organismo funcione da melhor forma: na fase de dilatação e expulsão perdem-se muitos líquidos devido à transpiração e o corpo sofre rápidas mudanças de temperatura. É preferível tomar bebidas isotónicas (as bebidas dos desportistas), cuja concentração de sais minerais é equivalente àquela que se encontra nos líquidos do nosso organismo e, como tal, superior à da água. Chá, camomila ou outras infusões, assim como os sumos de fruta, podem ser uma boa alternativa durante o parto. As bebidas com gás devem ser evitadas. Nos casos em que a ingestão de líquidos não é recomendada (epidural, cesariana programada ou parto induzido), o pessoal médico mantém a futura mãe bem hidratada por via endovenosa.

JEJUM: QUANDO?
Essencialmente, em três casos:
Epidural
Uma vez administrada, é conveniente perguntar ao pessoal médico se pode comer e beber. No caso de não ser possível, o equilíbrio metabólico pode manter-se por via endovenosa.

Parto induzido
A indução ao parto implica a administração de vários fármacos, o que pode provocar contrações repentinas ou mais intensas. Como tal, é aconselhável descansar, alimentar-se bem no dia anterior e permanecer com o estômago vazio no dia do parto

Cesariana programada
Deve iniciar o jejum a partir da meia-noite do dia anterior. Apesar de a cesariana ser efetuada com anestesia local, no caso de haver complicações pode ser necessário administrar anestesia geral.

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A SUA BEBIDA ENERGY CASEIRA

Esta bebida reduz o stress oxidativo, fornece energia imediatamente, integra os sais minerais e hidrata.
Ingredientes:
1-2 limões, 500ml de água,

2 colheradas de mel, sal (uma pitada).

Preparação: misture o mel com o sumo de limão, adicione o sal e a água.

ALIMENTOS QUE AJUDAM EM CADA FASE

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Pródromos
Se a mãe tem apetite na fase inicial da dilatação, a chamada “fase prodrómica”, na qual as contrações ainda são pouco intensas e distanciadas umas das outras, a mãe pode inclusive ter uma refeição completa. O menu ideal antes do parto pode ser um prato que inclua arroz ou massa com pesto (pinhões, manjerona, queijo parmesão, azeite virgem, ou mesmo com alcaparras, amêndoas ou nozes). Também pode optar por um prato de vegetais salteados, grelhados ou em salada, acompanhado de pão, e fruta da época como sobremesa.

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Fase de dilatação
Durante esta fase (que pode durar várias horas no caso de ser um primeiro parto), quando as contrações se tornam mais intensas e frequentes, é possível reduzir os “ataques” de fome durante as pausas das contrações. É nesta altura que a mãe costuma rejeitar os alimentos, ainda que precise de os ingerir. A pessoa que a acompanhar pode oferecer-lhe frutos secos ou uma colherada de mel, que a ajudará a recuperar um pouco de energia.

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Fase de expulsão e pós-parto
Durante a fase de expulsão, a mãe não pensa em alimentar-se (tal como durante as secundinas, a saída da placenta). Nas horas posteriores ao parto, nas quais fica em observação (na companhia do pai e do bebé), é natural que sinta fome e sede. Neste momento tão especial é ideal comer uma salada de frutas ou uma fatia de bolo com fruta fresca, tendo em conta as indicações do pessoal médico. Bebidas quentes, infusões, ou barrinhas energéticas de mel e sementes, ou inclusive um pedacinho de chocolate, também podem ser alimentos adequados.

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Natural Therapy

Outono: proibido deixar passar a melancolia! Aproveite esta estação de transição para oferecer a si própria umas estada nas termas ou num spa, e gozar dos benefícios da água, dos cristais e da argila.

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ÁGUAS MINEARAIS
para hidratar

Correm na profundidade do sub-solo, em terrenos ricos em minerais e, graças a uma série de processos físicos e químicos como a pressão e a temperatura, possuem substâncias benéficas para o organismo, em alguns casos com efeitos terapêuticos para a pele. Se as águas minerais são ricas em oligoelementos (ou iões) como enxofre, magnésio e cálcio (que o nosso organismo não produz), os efeitos benéficos para a pele são extraordinários. Evidentemente que estes tratamentos necessitam seguir fórmulas cosméticas adequadas. Existe a possibilidade de, numa nascente de água mineral, isolar um complexo dermocosmético para elaborar produtos como cremes, loções, soros, etc… Como também é possível isolar “o melhor” de diferentes nascentes de forma a proporcionar à pele uma composição equilibrada. São os iões que determinam estas ações; trata-se de partículas com diferentes cargas elétricas (positivas ou negativas), selecionadas para favorecer as reações metabólicas benéficas para a pele.

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LAMA
para uniformizar a pele

A aplicação de lama regenera e melhora o aspeto da pele. As suas singulares características físicas e químicas, e a elevada temperatura permitem uma vasodilatação que nutre os tecidos. (N.t: frase confusa en el original ”Sus particulares características químico-físicas y su elevada temperatura inducen una especie de entrenamiento en términos de vasodilatación, que nutre los tejidos.”) Do mesmo modo, a presença de oligoelementos e de substâncias biologicamente ativas, permite aumentar as trocas metabólicas das células da pele melhorando o seu estado. Por todas estas razões, as lamas são aliadas perfeitas para combater a celulite que, na verdade, está associada a uma atividade metabólica reduzida por parte do tecido adiposo. Os centros termais e centros de beleza, onde a lama se aplica in situ, obtêm excelentes resultados. No entanto, hoje em dia também pode usufruir dos seus benefícios sem sair de casa. Claro que o tratamento é um pouco trabalhoso (aplicar compressas durante cerca de meia hora e depois proceder a uma lavagem cuidadosa ), mas vale a pena. Outra vantagem deste tipo de tratamento anticelulítico é o de exercer ação esfoliante, que deixa a pele mais lisa, suave e firme.

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ROCHAS VULCÂNICAS
para reativar o corpo

As rochas vulcânicas geram fonólitos: pós que podem ter cerca de 16 milhões de anos. Normalmente aparecem sob a forma de um pó microscópico de cor bege (N.T: error en el original: color beis), a que se chama “lama vulcânica”, sendo ricos em minerais (cálcio, (N.t: error en el original: cal ºcio), sódio, potássio, fósforo e magnésio) e com vestígios de silício, manganésio e selénio, que realizam importantes funções. Juntamente com a ação da água, estas substâncias intervêm nas reações enzimáticas celulares, ajudando o organismo a funcionar corretamente. Alguns especialistas de cosmética descobriram, em estudos recentes, que o facto de restituir os minerais perdidos pelo esforço físico e pelo stress permite combater o envelhecimento precoce da pele, assim como a desidratação e a redução da elasticidade cutânea. Resumindo: é possível manter a pele mais jovem graças a determinadas substâncias minerais que funcionam como catalisadores.

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CRISTAIS
para fornecer energia

A medicina ayurvédica utiliza os minerais como fármacos, porém, que seria da tecnologia moderna sem a utilização do quartzo como fonte de energia? Isto é o suficiente para nos convencermos da influência que as rochas e os cristais podem ter no nosso organismo e na nossa saúde. A cristalterapia baseia-se nestas fascinantes teorias, recorrendo à energia das rochas para eliminar os bloqueios e os desequilíbrios do nosso corpo, que habitualmente desembocam em várias doenças.
Para os que pretendem conhecer o poder terapêutico natural dos cristais, deixamos duas recomendações: 1- não há nada de mágico ou esotérico nestas matérias primas, apenas energia; 2- o ideal é recorrer às rochas e cristais com a atitude adequada, ou seja, com abertura e recetividade, e não de um modo possessivo ou interesseiro.
Em relação à cosmética, a utilização de uma pedra preciosa na fórmula de um produto, como o diamante por exemplo, tem uma razão concreta: para a ayurveda o pó de diamante é extraordinário no reforço do sistema imunitário.

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ARGILA
as propriedades de cada cor

É um dos principais componentes da terra e determinante das suas características físicas e químicas, para além de ser um remédio dermatológico utilizado na medicina natural desde o princípio dos tempos. Também neste caso a palavra chave é “oligoelementos”.

Na prática, a argila fornece à pele determinados minerais que permitem reequilibrar as suas funções, melhorar o seu aspeto e, inclusive, curar doenças. Na natureza encontram-se três tipos de argila que se podem distinguir pela cor. A argila cor-de-rosa (também chamada calamina) é rica em oligoelementos e, como tal, favorece a substituição iónica, tem ação cicatrizante, absorvente, reequilibrante e remineralizadora. A argila branca, ou caulinite, extremamente suave, tem propriedades reequilibrantes, estimulantes e cicatrizantes. A argila verde, rica em silício, cálcio e magnésio desempenha uma função de limpeza profunda, para além de ser absorvente, branqueadora e adstringente.

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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